Arquivo mensais:agosto 2025

Benjamin Keach e a Relação Indissociável entre Justificação pela Fé e o Pacto da Graça

A teologia puritana do século XVII oferece insights profundos sobre a relação entre justificação pela fé e o Federalismo Batista. Benjamin Keach (1640-1704), pastor batista e teólogo reformado, apresenta em seu sermão sobre Romanos 8:1 uma perspectiva que esclarece uma questão fundamental: a impossibilidade de estar no pacto da graça sem justificação pela fé.

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Reparando o Templo de Deus: Reflexões sobre o Tratado de Hercules Collins (Parte 1)

– Pr. Jorge A. Rodríguez V.

INTRODUÇÃO

Em 22 de julho de 1689, um grupo de pastores batistas particulares assinou uma carta e a enviou às igrejas de Londres com o propósito de convocá-las para uma assembleia geral para discutir diferentes tópicos, incluindo:

…a grande negligência em relação ao ministério atual (…) de dar um estímulo adequado e apropriado para construir um ministério capaz e honrado para o futuro.(1)

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A Aliança Mosaica: uma aliança de obras?

Esta aliança [da graça] é revelada no evangelho; primeiramente a Adão, na promessa de salvação pela semente da mulher,  e depois por etapas posteriores, até que sua plena descoberta foi completada no Novo Testamento” ( Segunda Confissão  de Fé Batista de Londres, 1689, capítulo 7:3)

Samuel Renihan ( @Petty_France ) tuitou recentemente [2022] um resumo de dez pontos da visão de Thomas Goodwin sobre a Aliança Mosaica. Reproduzi a lista abaixo. A postura de Goodwin guarda mais do que uma semelhança passageira com a de seu colega independente e bom amigo, John Owen. A compreensão de Owen sobre a Aliança Mosaica foi altamente influente nos círculos batistas particulares. Renihan abordou isso longamente em seu excelente livro, From Shadow to Substance: The Federal Theology of the English Particular Baptists (1642-1704) , Regent’s Park College, 2018. Em essência, Goodwin, Owen e muitos batistas particulares sustentavam que a Aliança Mosaica era uma aliança de obras subserviente à aliança da graça. Essa linha de pensamento é certamente compatível com a Segunda Confissão Batista de Londres, mas não é explicitamente ensinada naquele documento. 

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O Selo e a Circuncisão

A circuncisão foi muito mais que um ritual religioso; ela funcionou como uma garantia divina de que algo maior estava por vir. Para compreender seu verdadeiro significado, precisamos entender como os pactos bíblicos se relacionavam entre si.

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O Dia do Senhor: Uma Perspectiva Batista Reformada Confessional

Nesta vídeo aula ministrada pelo Pastor Renan Abreu da Igreja Batista Emanuel de Sete Lagoas, é apresentada a estrutura do pensamento Batista do século XVII que sustenta o Capítulo 22, parágrafo 7, da Confissão de Fé Batista de 1689 sobre o Dia do Senhor. O pastor demonstra como os Batistas particulares não buscaram “reinventar a roda”, mas alinharam-se com a ortodoxia reformada estabelecida, seguindo o mesmo pensamento sistemático de teólogos como Francis Turretin, John Owen e outros reformados de grande peso. A apresentação explora como essa tradição reformada distingue entre a lei natural/moral (os Dez Mandamentos) e as leis positivas (cerimônias específicas dadas por Deus), mostrando que o quarto mandamento possui tanto um aspecto moral permanente quanto um aspecto cerimonial que foi modificado na Nova Aliança.

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Federalismo de 1689 em Debate: Sam Renihan e a Teologia Batista dos Pactos

Este Roundtable sobre Teologia do Pacto apresenta uma discussão abrangente entre especialistas sobre questões fundamentais da teologia reformada. O debate central gira em torno da distinção entre o Pacto de Obras (estabelecido com Adão) e o Pacto de Graça, explorando como as alianças abraâmica, mosaica e davídica se relacionam com a Nova Aliança. Os participantes abordam temas como a regeneração dos santos do Antigo Testamento, a continuidade versus descontinuidade entre as dispensações, o papel dos sacrifícios e cerimônias como meios eficazes de graça, e questões práticas sobre batismo e eclesiologia. A discussão também examina a relação entre lei e evangelho, a experiência do Espírito Santo ao longo da história redentiva, e debates sobre apostasia e a natureza mista da igreja visível.

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