Este Roundtable sobre Teologia do Pacto apresenta uma discussão abrangente entre especialistas sobre questões fundamentais da teologia reformada. O debate central gira em torno da distinção entre o Pacto de Obras (estabelecido com Adão) e o Pacto de Graça, explorando como as alianças abraâmica, mosaica e davídica se relacionam com a Nova Aliança. Os participantes abordam temas como a regeneração dos santos do Antigo Testamento, a continuidade versus descontinuidade entre as dispensações, o papel dos sacrifícios e cerimônias como meios eficazes de graça, e questões práticas sobre batismo e eclesiologia. A discussão também examina a relação entre lei e evangelho, a experiência do Espírito Santo ao longo da história redentiva, e debates sobre apostasia e a natureza mista da igreja visível.
Samuel Renihan
Neste contexto, Sam Renihan defende sua perspectiva distintiva do Federalismo de 1689, argumentando que existe uma diferença fundamental entre os pactos do Antigo e Novo Testamento. Renihan sustenta que apenas o Novo Pacto constitui verdadeiramente o Pacto da Graça, sendo Cristo o único cabeça federal desta aliança. Sua posição diverge da teologia reformada tradicional ao enfatizar que os pactos abraâmico e mosaico funcionavam como sombras e tipos que apontavam para o futuro Novo Pacto, mas não eram administrações diretas do Pacto da Graça. Renihan defende que os santos do Antigo Testamento eram salvos pela aplicação retroativa dos benefícios do Novo Pacto, mantendo assim a continuidade soteriológica enquanto preserva a descontinuidade estrutural entre as dispensações pactuais.